Esta é uma dúvida recorrente entre os proprietários de imóveis, empreiteiros e construtores e, por mais que a resposta pareça óbvia, ao pesquisar na internet você encontrará diversos sites e blogs com informações equivocadas.
Nas inspeções de rede de esgoto residenciais é muito comum encontrarmos situações em que as tubulações das pias de cozinha, pias de banheiro, chuveiros e máquinas de lavar roupa estão executados de forma inadequada, consequência da propagação de informações erradas e execução de instalações hidrossanitárias sem projeto e acompanhamento técnico de profissional habilitado.
Mas afinal, para onde deve ir o esgoto das pias, chuveiros e áreas de serviço? Para a fossa ou direto ao sumidouro?
A resposta é simples e direta, todo e qualquer efluente gerado na edificação deve ir para o sistema de tratamento, ou seja, o esgoto das pias de cozinha, de banheiro, chuveiros e das áreas de serviço, inclusive máquina de lavar, devem ir para fossa, conforme explicita a NBR 7229/93, item 4.1.4. As exceções são água de piscina, de drenagem da água da chuva e de esvaziamento de caixa d’água que devem ir direto para a drenagem pluvial.
Em imóveis unifamiliares são comuns sistemas de tratamento compostos por tanque séptico (fossa), filtro anaeróbio e sumidouro (ou vala de infiltração) e todo e qualquer esgoto que for gerado na edificação deve passar por este sistema completo. Cabe ressaltar que as tubulações de pia de cozinha e churrasqueiras antes de ligar à outras tubulações ou ao sistema de tratamento devem estar ligadas à uma caixa de gordura.
Tanto às caixas de gordura, quanto o sistema de tratamento de esgoto da edificação devem passar por manutenção periódica para que o funcionamento seja adequado e a eficiência do tratamento.
A construção/reforma de uma residência é, em boa parte dos casos, a realização de um sonho, portanto contrate profissionais habilitados para realização dos projetos e execução do imóvel e exija a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) destes profissionais.
A execução de estrutura hidrossanitária fora dos padrões estabelecidos nas legislações, normas e orientações técnicas e sem um responsável técnico torna a edificação irregular e, além da poluição, impede a obtenção de habite-se, pode gerar multas e a exigência de reformas para adequação do imóvel.